A morte de Jorge Yunes
Jorge Yunes morreu. A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo está de luto fechado. A morte de Jorge Yunes abre um claro insubstituível nas fileiras dos amigos da Irmandade.
Ao longo dos últimos anos, ele participou de todas as decisões importantes envolvendo a Santa Casa de São Paulo. E sua participação foi sempre agregadora e útil.
Jorge Yunes falava manso. Com jeito, foi longe na vida e, com jeito, estava ajudando a Santa Casa a sair do buraco.
Eu o conheci bem a partir do ano passado, nas negociações com a Caixa Econômica Federal, e quando passei a ser opção para Provedor.
Fui várias vezes à sua casa. Uma das casas mais imponentes e importantes da arquitetura paulista, encravada num enorme jardim, na esquina da Avenida Europa com a Rua Groenlândia.
As conversas correram sempre amenas, sempre positivas, mesmo quando tratávamos temas difíceis, que implicavam em decisões duras.
Jorge tinha uma capacidade privilegiada de compreensão e interpretação dos fatos. Era rápido e preciso. Em pouco tempo, apresentava as soluções e partia para a sua construção. Ele não gostava de perder tempo. Até quando decidia que era melhor esperar um pouco, seu pouco era sempre o menor possível.
Nesta convivência curta, mas intensa, aprendi muito. Aprendi sobre todas as coisas, sobre os mais variados assuntos, mas, mais do que tudo, aprendi muito sobre a vida e como me portar diante dela.
Como se não bastasse, tive o privilégio de comer na salinha onde nos reuníamos e também de levar para casa algumas das melhores esfihas que eu comi na minha vida. Com certeza, Jorge Yunes fará falta para a família, para os amigos, para a Santa Casa e para mim.
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