A investigação tem que ser clara
A investigação sobre o atentado contra o candidato Jair Bolsonaro precisa ser profunda e transparente e suas conclusões não podem deixar a menor margem de dúvida sobre o que aconteceu. Precisam ser claras como as águas em Bonito, no Mato Grosso do Sul.
Já ouvi teorias disparatadas, ditas como se fossem verdades definitivas, garantidas pelas autoridades, e que vão desde o próprio Bolsonaro ter contratado alguém até a participação de agentes estrangeiros, interessados em impedir a vitória da direita nas eleições.
A versão da atuação direta do candidato no atentado contra a própria vida não se sustenta porque não consegue explicar como o criminoso conseguiu parar a facada poucos milímetros antes dela ser fatal ou como os socorristas sabiam o tempo necessário para que a perda de sangue não tornasse o processo irreversível. Não é preciso ser gênio para isso.
Da mesma forma, o atentado patrocinado por nação estrangeira tem algumas variáveis que não se encaixam. A primeira é como os agentes conseguiram aliciar o criminoso. A segunda é qual ameaça essa nação estaria temendo. Aí as versões também variam desde um pacto com o Governo Trump para destruir as esquerdas até uma ação direta contra nação do continente com linha política diferente da do candidato.
Muito provavelmente o que aconteceu foi uma ação completamente estúpida, praticada por um indivíduo aloprado, sozinho ou acompanhado de outros idiotas do mesmo calibre.
Mas, como há versões mirabolantes correndo soltas e o assunto é da maior seriedade, por ser um ataque direto à democracia brasileira e uma prova do grau de radicalização a que chegamos, a Polícia Federal tem que apresentar resultados inquestionáveis, claros e fortes o suficiente para desmentir todas as tolices que ainda possam estar correndo.
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