A inflação ameaça a meta
Muitos anos atrás, quando muita gente que hoje ouve rádio ainda não havia nascido, o então Ministro Delfim Neto, quando a inflação subiu mais do que o planejado, disse que a culpa era do Chuchu.
Agora, nosso Ministro da Fazenda, que não tem nem o brilho, nem a competência de Delfim Neto, aumentou o espectro e coloca a culpa da inflação em todos os hortifrutigranjeiros, como se fossem eles os grandes responsáveis pela inflação brasileira não se comportar com a disciplina e o carinho que a Presidente e ele esperam dela.
É curioso como quando o sapato aperta, os políticos reagem da mesma maneira. O problema é que nós vivemos o agora. O que aconteceu no passado, aconteceu no passado, serve para mostrar o que não deve ser feito, mas não dói no bolso de cada um.
O Ministro da Fazenda, fazendo coro para a Presidente, parece não entender as causas da inflação. Provavelmente é verdade. Mas ele é o Ministro da Fazenda e o Brasil paga um preço alto por isso.
Se o Ministro ou a Presidente fossem a um supermercado ou dessem o dinheiro para a compra da semana, veriam que faz tempo a que inflação estourou o teto da meta. E que o problema é muito mais complicado do que a alta dos hortifruti por conta da seca.
Se a Petrobrás não estivesse sendo usada indevidamente, com o preço da gasolina subsidiado pelos acionistas, o teto da meta seria poeira faz tempo. Isso o Ministro e a Presidente sabem, tanto que até agora não hesitaram em usar os preços controlados para baixar na marra uma inflação que só está alta por causa deles.
Neste mundo, o feito não tem volta. A herança econômica do Lula está indo pro espaço. Já a quebra dos padrões morais, essa veio pra ficar.
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