A FIFA é tão ruim ou pior do que o Brasil
Em época de Copa do Mundo as pessoas ficam mais ansiosas, mais nervosas, mais susceptíveis, e aí pode dar confusão. O dito pode ser entendido como não dito e vice versa. Não porque não exista a vontade de se entender, mas porque o momento, a situação, a temperatura interna pode levar a conflitos inesperados. A mal entendidos.
Mas existem situações que não comportam mal entendido. Ao contrário, as coisas são claras e nítidas, para não dizer transparentes.
Entre elas, justamente por ser Copa do Mundo, é a certeza de que a FIFA é tão ruim ou pior do que o Brasil. Em todo e qualquer sentido, do amplo ao restrito.
Quem acha que poderia haver um plano B se o Brasil não desse conta do recado acredita em Papai Noel, em coelhinho da páscoa e em outras lendas mais ou menos modernas, desenhadas para crianças, como o show do Crazy Horse em Paris.
Ninguém nunca quis Plano B e todos conheciam o Brasil, o jeito das coisas serem feitas, ou não: o jeitinho, o atraso e o mais envolvido com a realização de uma Copa do Mundo.
Não vamos nos esquecer: a turma que manda na FIFA hoje é toda discípula de brasileiros que mandaram na FIFA ontem.
Nunca uma Copa do Mundo deu tanto dinheiro como a Copa em andamento. Se ela não é a ideal, isso é questão de ponto de vista. Não é ideal para quem, cara pálida? Pra FIFA, para os organizadores, para quem participou do processo, ainda que em parte, a festa está sendo ou já foi uma festa.
Ganharam todos, da FIFA e fora dela. É verdade, tem alguns ingredientes novos. Mas nada que abale a vontade inabalável dos dirigentes da FIFA de ganhar dinheiro, de qualquer jeito.
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