A evolução dos televisores
Quem assiste uma TV de última geração, conectada a tudo e mais alguma coisa, começando pela Internet, com imagem perfeita, em 3 dimensões e outras mágicas no gênero, não pode imaginar o que foi sua evolução ao longo dos últimos 50 anos.
O aparelho extrafino de hoje já foi um verdadeiro armário, com porta e pés fininhos, como deviam ser os móveis da época. Eram tão grandes que, normalmente, ficavam com uma parede inteira para elas.
Me lembro da primeira TV da nossa casa no Pacaembu. Marca Invictos. Meu pai chegou com ela num final da tarde. Não preciso dizer que parou a casa para todo mundo ver a maravilha. Não tenho ideia qual o tamanho da tela, mas o aparelho era um trambolho que valia a pena.
A segunda, marca “GE”, comprada alguns anos depois, tinha uma característica interessante: apesar de ser quase do mesmo tamanho que a primeira, e com certeza tão pesada quanto, tinha escrito “portátil”. E uma alça de metal na parte de cima dava a certeza de que se tratava de algo fácil de carregar. Mas a verdade é que, para movê-la, eram necessários dois homens. Coisa para estivador.
Era nesses monstros que assistíamos seriados como Rin-tin-tin, Bonanza, Bat Masterson, Combate, Daniel Boone, O Último dos Moicanos e mais um monte de velhos filmes de cinema adaptados para TV.
O problema era o fantasma. Quem assiste uma TV a cabo não faz ideia do que é isso. O fantasma era uma repetição da imagem principal e dificultava a visão. Ele variava de acordo com o local e o canal. No Pacaembu, a Globo pegava mal e a Record era um cinema. Uma solução era a antena externa, que reduzia o problema. Quem não tinha, precisava ser criativo. A forma mais fácil de melhorar a imagem era colocar um bombril na ponta da antena interna. Mas nem sempre funcionava.
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