A estupidez das guerras
A Primeira Guerra Mundial, chamada à época “A Grande Guerra”, em 1945 se transformou no primeiro tempo da Segunda Guerra Mundial, muito mais estúpida, sangrenta e brutal.
Não há guerra bonita, limpa e glamorosa. Há guerra. Com toda a sujeira, mau cheiro, lama, sangue, excremento, pedaços de corpos e o terreno revirado pelas explosões.
Gritos de ódio, dor, sofrimento. De medo. Gemidos, choro, ranger de dentes.
Corpos correndo, corpos caindo, morrendo. Explosões, metralhas, rajadas; tiros de canhão, de fuzil, de metralhadora, de pistola.
A batalha de Verdun é a insanidade levada ao último grau. Como a população alemã era maior do que a francesa, a Alemanha iniciou deliberadamente uma batalha de desgaste, onde o objetivo não era vencer, mas matar o maior número possível de franceses, ainda que ao custo de um número brutal de alemães.
A contrapartida dos aliados foi a batalha do Somme, levada a efeito pelos britânicos para desafogar os franceses em Verdun. Nas primeiras 3 horas de combate morreram ou foram feridos 60 mil soldados britânicos.
Não é verdade que a Primeira Guerra inventou o ataque deliberado aos civis. Alexandre da Macedônia já se valia dele para apavorar os habitantes das cidades mais à frente e forçá-los a rendição sem necessidade de combate.
O que a Primeira Guerra fez foi mudar a escala do morticínio. O uso de artilharia moderna, com granadas de alto poder, contra cidades foi largamente empregado. O resultado foi um número impressionante de civis mortos. E monumentos destruídos e cidades arrasadas.
Na Segunda Guerra a escala mudou. Os número se multiplicaram várias vezes.
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