A cor do cavalo branco de Napoleão
Qual a cor do cavalo banco de Napoleão? Será que ele era realmente branco? Será que era vermelho com uma estrela na testa? Azul da cor do céu? Preto feito a noite sem lua?
Por que isso? Porque os julgamentos do Supremo Tribunal Federal estão adotando como jurisprudência a cor do cavalo de Napoleão. Vale tudo, de baiacu pescado no pontão do iate a visão xamânica depois de beber chá alucinógeno, o Supremo tem se valido de visões heterodoxas para desmoralizar a Justiça, a começar pelo ato jurídico perfeito.
Como desserviço ao país, pouca coisa poderia ser mais eficiente. Nenhuma civilização sobrevive sem o respeito mínimo às regras, ao decoro, a isonomia legal prevista em todos os tratados de direito.
Mas o Brasil é diferente. Aqui, a máxima do Porco Napoleão, do maravilhoso “A Revolução dos Bichos”, atingiu a perfeição. É caso de se tornar “case” nas mais importantes escolas de direito, filosofia e sociologia do mundo.
“Todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais do que os outros” é a síntese da realidade nacional, vista com os olhos superiores dos nossos Tribunais Superiores, em absoluta falta de sintonia com o mundo real, com a lei brasileira e com o respeito devido ao povo.
O que nós vamos assistindo, e que hoje tem virado piada nas redes sociais, terá um peso enorme no futuro e nos cobrará uma conta absurdamente cara.
Não é possível prosseguir na toada em que vamos. Isso vai acabar mal. Mas, ao contrário da Venezuela, onde o Executivo está tocando fogo no depósito de gasolina com ajuda do Judiciário, aqui, quem está fazendo isso são as altas cortes de justiça, em afronta ao povo, que paga seus salários nababescos, como se fossem deuses, acima do bem e do mal.
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