Um congresso muito importante

Originalmente publicado no jornal O Estado de S.Paulo
por Antonio Penteado Mendonça

Acontece entre 9 e 11 de outubro, no Palácio das Convenções do Anhembi, o 16º CONEC – o Congresso Estadual dos Corretores de Seguros de São Paulo. Apesar de estadual, trata-se de um dos dois maiores eventos da atividade seguradora brasileira e um dos mais concorridos do mundo. Os organizadores esperam perto de 6 mil participantes, entre corretores de seguros, seguradores, resseguradores, prestadores de serviços, autoridades e convidados especiais.

Só a participação expressiva dos profissionais da área seria suficiente para fazer do evento um sucesso. Os contatos possíveis de serem feitos dentro de um universo desta magnitude já justificariam a participação, principalmente, dos corretores de seguros com menos acesso aos centros de decisão, às grandes companhias, às autoridades e até mesmo às suas lideranças.

Além disso, os shows e sorteios programados para acontecer durante sua realização também são um chamariz de peso. Afinal, é regra nos Conec´s acontecerem sorteios de veículos, computadores, tablets, celulares e mais um rol de prêmios interessantes. E, para completar, os estandes das seguradoras costumam estar abarrotados de brindes fáceis de ganhar, bastando, invariavelmente, a entrega de um cartão de visita, enquanto se bebe uma cerveja, vinho, uísque ou um refrigerante e se come um tira-gosto, batendo papo com os amigos e os representantes da seguradora.

Nada que não seja parte normal do mundo dos negócios, regularmente utilizado para aumentar a rede de relacionamentos e assim abrir novas portas e novas fórmulas para colocar produtos no mercado.

Mas o Conec vai muito além disso. Ao longo da programação acontecerão palestras, workshops, debates e encontros com a missão de discutir os principais tópicos que afetam o setor de seguros, direta ou indiretamente, sempre sob a ótica do máximo de informações para o corretor de seguros.

É tradição o Congresso dos Corretores de Seguros de São Paulo acontecer em outubro, mas, ainda que não fosse, é difícil imaginar outra data mais apropriada para a discussão dos temas que afetam o Brasil, a economia e o setor de seguros.

Na curva de uma eleição, entre o primeiro e o segundo turno, num momento em que a economia vai relativamente mal, em que os indicadores não são bons, em que o empresariado está preocupado com o futuro, a atividade seguradora não é uma ilha isolada, à margem do que acontece no país. Apenas a sua inserção nos cenários prováveis para a vida nacional justificaria a discussão dos temas que serão abordados por nomes da maior relevância no setor e na economia.

Mais do que nunca é o momento de saber o que as seguradoras pretendem, como as resseguradoras veem sua permanência no país, quais os riscos da perda do grau de investimento, como administrar apólices com a inflação alta pode minimizar a defasagem de uma indenização, etc.

Os temas são variados. Há um pouco para cada gosto ou desafio a ser enfrentado. O seguro de veículos tem fôlego? Os seguros patrimoniais atendem as necessidades das famílias e das empresas? Que garantias estão fazendo falta? Como ficam os seguros obrigatórios que não encontram cobertura?

No campo dos produtos para pessoas, será que os planos de previdência complementar continuam atendendo a população? Os seguros de vida podem sofrer modificações importantes? Os planos de saúde privados têm respostas para o atual momento da vida do país? Surgirão novidades?

O seguro agrícola atenderá o anseio dos produtores e garantirá a perda de renda?

Acima de tudo, o que fazer para continuar seguindo em frente, sendo um corretor de seguros atuando numa economia pressionada por informações e fatos negativos?

Há espaço para abrir novas portas? É hora de ficar como está? As seguradoras estão dispostas a criar novas parcerias? É possível desenvolver produtos exclusivos? Qual a diferença entre ter a placa da seguradora em cima da porta e ser completamente independente?

Participe. No Conec você terá respostas a várias destas perguntas.