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Crônicas & Artigos

em 18/01/24

Mais um ano chega ao fim

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

2023 chega ao fim. Foi um ano complicado, dentro e fora do país. No cenário interno, tivemos a polarização política, as divergências entre Judiciário, Legislativo e Executivo, decisões que assustaram os brasileiros e atos que nos deixaram perplexos, como a invasão e a destruição das Casas dos Três Poderes, no começo de janeiro.

No mundo, a guerra da Ucrânia seguiu matando milhares de pessoas, sem dar sinais de que está perto do fim. E uma guerra nova, no Oriente Médio, tomou o lugar da guerra da Ucrânia nas manchetes da imprensa. O ataque terrorista do Hamas contra Israel levou a uma reação justa, mas com excesso de danos colaterais. Como se não bastasse, a crise migratória seguiu fazendo vítimas e deslocando milhões de pessoas de seus países para outras partes do planeta, gerando uma tragédia indescritível. E, no final, a Venezuela, sabe Deus por que sonho de seu ditador, decidiu reivindicar 70% do território da Guiana.

Com certeza não é pouca coisa, mas é só a parte que tem a interferência humana na raiz do problema. Os outros desastres são maiores e a maior parte deles está fora de nossa capacidade de ação, pelo menos no curto prazo. Começando pelos estragos causados pelas mudanças climáticas, entre incêndios florestais, secas, chuvas em excesso, granizo, furacões, tufões, ciclones, tempestades de todos os tipos, a natureza cobrou um preço altíssimo, causou danos de trilhões de dólares e promete seguir na mesma trilha ao longo das próximas décadas, com resultados negativos para a qualidade de vida do ser humano sobre o planeta.

Isso não quer dizer que só tivemos tragédias e que cada dia do ano foi um dia ruim, uma experiência negativa, algo que seria melhor esquecer. A crise internacional que os especialistas davam como certa parece que não virá mais, pelo menos na intensidade que os prognósticos desenhavam. Já há quem fale inclusive em uma retomada mais forte do crescimento de diversas economias. Entre elas, a brasileira.

O Brasil, entre secos e molhados, acabou se saindo melhor do que a previsão mais otimista poderia imaginar no começo de janeiro. Tem muito para ser feito e ninguém sabe se será feito ou não, mas apenas a aprovação da reforma tributária abre um novo horizonte, muito mais otimista, para o futuro do país. Além dela, outras medidas, que vão saindo a conta-gotas, também prometem melhorar o cenário socioeconômico nacional.

Os prognósticos apontam um crescimento da economia menor em 2024, na comparação com 2023. Mas não é uma unanimidade. Tem gente de peso apostando que o país surpreenderá mais uma vez e que o ano que entra pode ser muito melhor do que as previsões. Ainda é cedo para se afirmar que sim ou que não, mas parte importante da lição de casa está feita e ela garante os pilares necessários para manter a inflação sob controle e o crescimento no azul.

Neste cenário, diante da certeza de que o mercado segurador teve um desempenho muito bom em 2023, os integrantes do setor entram em 2024 otimistas, certos de que o ano novo tem tudo para mais uma vez ser um ano muito positivo, com o crescimento e a consolidação das diferentes atividades que o compõem.

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