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Crônicas & Artigos

em 17/12/21

Adeus ano velho

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

2021 será lembrado como um ano que não deixou saudades. A pandemia do coronavírus cobrou um preço alto demais da população da Terra e o planeta não só não se recuperou de seu impacto, como se vê às voltas com novas cepas do vírus, capazes de causar estragos ainda não dimensionáveis.

Mas não foi apenas a pandemia que cobrou um preço alto. Eventos climáticos ou de origem climática entraram de sola, competindo com o coronavírus para ver qual o capaz de causar mais danos.

E os ataques cibernéticos também entraram na competição, se tornando uma ameaça concreta e diária para centenas de milhares de empresas e bilhões de pessoas ao redor do mundo.

O Brasil não escapou das três formas de ataques. E, ainda por cima, teve que conviver com a radicalização política, o uso indevido dos orçamentos públicos, a antecipação das eleições de 2022, a perda de credibilidade do Judiciário porque os Tribunais Superiores invalidaram processos viciados pela ação de juízes e promotores, além da volta da inflação e outras mazelas econômicas que vão custando caro e condenado a nação a permanecer em patamares ridículos de crescimento e retomada do emprego.

É um cenário desalentador, mas, se observarmos o setor de seguros dentro da realidade nacional, veremos que em 2021 ele cumpriu corretamente seu papel, no enfrentamento da pandemia, na crise hídrica que afetou o desempenho do agronegócio, no pagamento das indenizações de todas as naturezas, minimizando prejuízos e permitindo a recomposição de patrimônios e capacidades de atuação comprometidos pela ocorrência de sinistros que, sem o seguro, teriam causado perdas muito mais expressivas.

Sem as operadoras de saúde privadas o quadro da pandemia teria sido muito mais dramático. O SUS simplesmente não teria recursos para atender mais gente do que atendeu e as consequências seriam devastadoras para a sociedade, que, mesmo com os planos de saúde atuando fortemente, enfrentou milhões de casos de internação e mais de 600 mil mortos pela covid19.

Na mesma linha, as seguradoras de vida pagaram somas elevadas a título de indenizações para os beneficiários dos seguros de vida de milhares de pessoas vitimadas pela pandemia.

Mas não foram apenas elas que cumpriram seu papel. As seguradoras, dentro do que se espera delas, garantiram o patrimônio social, fazendo frente aos eventos rotineiros e a outros extraordinários, como a seca que atingiu em cheio a “safrinha”, causando prejuízos altíssimos a milhares de produtores rurais que perderam praticamente toda a produção.

De forma geral, em 2021, o setor de seguros fez sua parte com a discrição e a competência que lhe são peculiares, garantindo que pessoas e empresas pudessem tocar em frente, protegidas e indenizadas pela garantia das apólices contratadas.

2022 não será um ano fácil. As dificuldades são imensas e três trimestres com crescimento negativo vaticinam complicações sérias, eventual recessão e inflação fora da meta. Mas, dentro de sua rotina, o setor de seguros brasileiro seguirá em frente, fazendo a sua parte e pagando as indenizações devidas, cioso de suas responsabilidades, como empresas e como elemento de estabilidade social.

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