Votar em quem?
A pergunta mais comum de se escutar, algumas vezes por dia, é em quem eu vou votar. De deputado em diante a incógnita tem sido a marca registrada. Incógnita não porque não tenha candidatos, mas porque ninguém sabe o que vem pela frente e de que jeito vem pela frente.
O cenário é negro e as alternativas para os cargos majoritários não convencem, nem comovem, nem empolgam.
Então, é cada vez mais comum ouvir “em quem você vai votar?”, como se você fosse o oráculo de Delfos e sua resposta trouxesse a paz para a Grécia.
Irá, vencerá, não, voltará. Dependendo do lugar da vírgula, a única certeza é a ida. A resposta é célebre entre as respostas dadas pela Pitonisa.
Eu não sou Oráculo nem casado com Pitonisa, então não sei a resposta para nenhuma das perguntas. Nem você.
O que sabemos é que o Brasil atravessa um momento complicado, capaz de interferir no futuro do país, sem que se possa fazer muita coisa para mudar o jogo, até porque os jogadores em campo têm regras para entrar e sair que não podem ser mudadas com o jogo em andamento.
Se o voto decidisse tudo, tudo bem, o negócio não era tão ruim assim. Só que o voto decide cada vez menos porque colocaram no Supremo onze cidadãos que se acham acima do bem e do mal, que seu poder é ilimitado e que cada um pode ter uma constituição própria, que não diz o que a Constituição diz.
Deputado até que é fácil escolher. Não há razão para ser diferente. Cada um escolhe quem defende mais a sua história e está resolvido. O jogo embola para Senador, Governador e Presidente da República. Senador ninguém lembra, por isso tem de tudo. Mas e Governador? E Presidente da República? Tem algum que te agrada? Se tiver, vote nele.
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