Uma parceria vibrante
A administração que não gosta da cidade encontrou mais um campo para exercer sua incompetência. O lixo. A cidade está suja, os caminhões de lixo atrapalham o trânsito, circulando nos horários de pico, os bueiros estão entupidos com lixo, mas tudo isso não era suficiente. A Prefeitura precisava mais para piorar o quadro e… encontrou.
Não é uma ideia nova, nem o projeto foi implantado agora. Não, já faz tempo que ela vem tateando para ver a reação e se dá. Parece que deu, ou pelo menos a administração municipal chegou à conclusão que estava maduro e rasgou a fantasia, permitindo que o projeto crescesse.
E como cresceu! Os poucos recipientes para lixo reciclável colocados ao lado da Ponte da Cidade Universitária têm companhia. E que companhia! São toneladas, ou melhor, colinas de lixo de todos os tipos, jogado no terreno cercado da Prefeitura.
Literalmente jogado, sem ordem, sem cuidados de qualquer espécie, num caos de dar inveja ao professor Gofredo da Silva Telles, o que leva muita gente a perguntar se a Prefeitura não fez um acordo secreto com o rei dos aedes aegyptis para a construção de um criadouro que seria um verdadeiro santuário, protegido pelas malhas da cerca da Prefeitura, fechando o terreno onde jogam o lixo, e assim criar o cenário ideal, ainda mais nos meses de verão, para a proliferação incontrolada do mosquito e o aumento vertiginoso dos casos de bebês com microcefalia na Capital.
Administração que é administração é a administração do município de São Paulo. Como diria o caipira anarquista: “Nóis qué, nóis fazemo, num importa o quê!”
Além de pintar faixas com urucum boliviano, impedir o direito do cidadão de ir e vir, garantir as enchentes e apostar no lixo, a Prefeitura investe na dengue e no aumento dos casos de microcefalia. O mosquito agradece.
Voltar à listagem