Um pouco de Santa Casa
A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo foi fundada antes de 1560, o que a faz uma das 4 mais antigas do Brasil e mais antiga do que a própria Vila de São Paulo de Piratininga, criada pelo Governador Geral do Brasil, a pedido de João Ramalho e Manuel da Nóbrega, em 1560.
Até o começo do século 20, foi o único hospital da cidade de São Paulo. Por conta disso, foi o único arrimo e garantiu o atendimento de gerações de paulistas, que retribuíam fazendo doações a favor da Irmandade, para que aprimorasse sua capacidade de atendimento.
Não se fala muito nisso, mas o Bixiga se chama Bixiga porque era lá que ficava o isolamento da Santa Casa para onde eram transferidos os que eram atacados pela doença.
Também era dela o Hospital Psiquiátrico do Juqueri, como continuam sendo os Hospitais D. Pedro Segundo e São Luiz Gonzaga, no Jaçanã.
As Santas Casas de Misericórdia representam mais ou menos metade da capacidade de atendimento do SUS. Todas são privadas e, hoje, em conjunto, têm uma dívida de perto de 22 bilhões de reais.
Como cada Santa Casa é uma entidade independente, não faz sentido dizer que esta dívida é integralmente culpa de má gestão. Não é possível que, entre mais de mil Santas Casas espalhadas pelo Brasil, não tenha nenhuma bem administrada.
A Santa Casa de São Paulo é a maior do país. Nem poderia ser diferente, já que atende a maior cidade e o estado mais populoso. E atende bem, consideradas as condições da saúde pública nacional.
Atualmente, a Santa Casa de São Paulo atravessa uma crise séria, que comprometeu sua capacidade de atendimento nos últimos dois anos. Mas ela está se reerguendo para continuar sendo um dos pilares do atendimento à saúde. O que ela precisa é mais apoio da sociedade.
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