Um pepino chamado viaduto
O viaduto caiu. Nada de novo debaixo do sol. Viadutos, pontes e passarelas caem no Brasil e no mundo. Na segunda metade da década de 1970, uma explosão abalou um viaduto sobre a Avenida 23 de Maio. Foi consertado rapidamente e com muita competência, por uma das grandes empreiteiras brasileiras, hoje metida na Operação Lava Jato.
Depois dele, vi cair de tudo. Passarela de pedestre, ponte em estrada, cabine de pedágio, ciclovia à beira mar, etc.
Para quem acha que é fenômeno nacional, recomendo uma entrada na Internet para ver o que aconteceu este ano na Itália. E uma olhada na TV a cabo para ver filmes mais antigos mostrando a queda de pontes impressionantes nos Estados Unidos.
O problema do viaduto da Marginal do Pinheiros, que aliás ainda não caiu, só cedeu mais de 2 metros, é que ele não é na Itália, nem nos Estados Unidos, ele foi construído aqui, para auxiliar a escoar milhares de carros por hora. E, com ele interditado, o trânsito, que já é péssimo, ficará pior ainda.
Não sei se merecemos ou não, mas o fato é que a fiscalização de pontes e viadutos é uma tarefa complexa e não é uma simples olhada que vai atestar as condições da obra de arte.
Segundo a Prefeitura, este viaduto não estava elencado entre as dezenas de outros que estão em estado precário. E, no entanto, ele cedeu, graças a Deus, de madrugada, o que evitou danos muito maiores.
Deus, mais uma vez, colocou a mão embaixo da cidade e da população e ninguém morreu ou ficou ferido por causa do acidente.
A pergunta que fica é o que vão fazer com os outros viadutos que a Prefeitura sabe que estão com problemas estruturais sérios.
Vão começar a reformá-los ou vão colocar uma placa informando que a decisão de cruzá-lo é do motorista, já que há risco de queda?
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