Um milhão de exemplares vendidos
Se escrever livros é complicado, vender livros, no Brasil, pode ser mais complicado ainda. O assunto é tão complexo que a Academia Paulista de Letras acaba de decidir realizar um seminário, em conjunto com a Academia Brasileira de Letras e a Câmara Brasileira do Livro para, em 2015, discutir o tema.
É por isso que uma notícia como a que recebei faz poucos dias é para alegrar e encher de orgulho um escritor e seus amigos. “A Aldeia Sagrada”, romance de Francisco Marins, acaba de atingir a impressionante marca de um milhão de exemplares vendidos.
Francisco Marins é dos poucos autores brasileiros que ultrapassa a marca de um milhão de livros vendidos. Autor mais do que consagrado, traduzido para várias línguas, seus livros, quase todos para jovens, tratam de temas regionais, ligados à história do Brasil.
Entre seus grandes sucessos se destacam “E a Porteira Bateu”, “Clarão na Serra”, “Grotão do Café Amarelo”, “O Feiticeiro dos Olhos de Gaze”.
A Aldeia Sagrada é a narrativa romanceada, escrita para jovens, da Guerra de Canudos, o conflito que arrasou a cidade de Canudos, no sertão da Bahia, no final do século 19.
Pouco conhecido pelos brasileiros, o episódio, que deu origem a um dos maiores livros da língua portuguesa, representa o enorme desconhecimento do que era o Brasil pelos próprios brasileiros.
Depois de quatro campanhas dramáticas, em três das quais o exército nacional foi derrotado, as tropas da República arrasaram o povoado de Canudos, matando praticamente todos os moradores.
“A Aldeia Sagrada”, que atinge o maravilhoso patamar de um milhão de exemplares vendidos, se igualando a outros livros de Francisco Marins, narra e analisa para o público jovem o que foi este tremendo erro histórico.
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