Tungaram o rei da Suécia
Para quem acha que o Brasil tem lugar de honra no panteão dos grandes golpes da história, a Suécia não fica atrás. Se aqui levaram a Jules Rimet, lá, acabam de levar parte das joias da coroa, expostas numa caixa de vidro, numa catedral próxima de Estocolmo.
É verdade que, um dia antes do ataque sueco, levaram a medalha de ouro, o Oscar da matéria, do campeão de matemática, meia hora depois dela lhe ser entregue, no Rio de Janeiro.
Há quem diga que a pomba gira baixou numa quase candidata a vice-presidente, que informou a turma sobre o que estava para acontecer no dia seguinte perto de Estocolmo.
Para não abrir brecha, imediatamente leais fluminenses, preocupados em manter o status do Estado do Rio de Janeiro inalterado, como grande campeão dos furtos mirabolantes, se anteciparam aos audazes ladrões suecos e levaram a medalha do iraniano campeão de matemática.
Ainda não se sabe com certeza se a criminalidade nacional está exportando tecnologia. De qualquer forma, faz alguns meses aconteceu um assalto de cinema num hotel de luxo de Paris, o que leva a crer que pode estar acontecendo uma internacionalização do crime, com bandidos de todos os cantos se unindo, não apenas para trocarem experiências, mas também para organizarem uma corrente com o objetivo de levar as emoções latino-americanas para os demais continentes, em especial à Europa, onde a população entediada teria nessas ações a adrenalina que procura quando cidadãos europeus visitam as comunidades cariocas.
Ninguém discute, mexicanos e colombianos têm lugar de destaque na foto, mas não há nos jornais brasileiros menção a ações como estas recentemente realizadas naqueles países. Mesmo assim, com certeza, eles são muito benvindos ao clube das ações espetaculares.
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