Superação e orgulho do que faz
Entre as muitas notícias ruins que infernizam o ano do brasileiro, os Jogos Olímpicos e os Paralímpicos do Rio de Janeiro são o ponto fora da curva, a notícia boa para nos encher de orgulho num momento muito difícil da vida nacional.
Os jogos emocionaram, mas de formas específicas e com sensações únicas. Se as Olimpíadas empolgaram, os Jogos Paralímpicos comoveram. A diferença é sutil, mas enorme.
Outro dia, participando da reunião do Comitê da Cadeia Produtiva do Desporto, na Fiesp, tive o privilégio de me encontrar com dois atletas paralímpicos, ganhadores de medalhas nos jogos do Rio de Janeiro.
O SESI de São Paulo – Serviço Social da Indústria – tem um intenso programa de incentivo ao esporte, com atletas e times patrocinados por ele. Entre estes um número expressivo é de para-atletas, tanto que 14 deles foram convocados para participar das Paralimpíadas, representando o Brasil. E o melhor: 11 ganharam medalhas e os que não ganharam, todos, ficaram em quarto lugar.
Num país que não liga para o esporte e muito menos para o para-esporte, o SESI é uma exceção importante, que deve ser mostrada como exemplo de cidadania e patriotismo.
Os atletas que participaram da reunião na Fiesp foram Renato Cruz e Janaina Petit. Ele ganhou a medalha de prata na corrida de revezamento 4 por cem e ela ganhou a de bronze, a primeira medalha paralímpica de uma equipe feminina brasileira no vôlei sentado.
Eu nunca tinha visto e muito menos pego uma medalha como as deles. Eu me senti importante ao lado de dois atletas que superaram todas as dificuldades para chegar onde chegaram. Mas o que me encheu de orgulho foi ouvir suas histórias de coragem, superação e vontade de vencer.
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