Solução democrática
Não há duvida: a Coréia do Norte e Cuba são democracias tão democráticas quanto a antiga DDR, ou a Albânia e a Romênia nos tempos do comunismo. Aliás, não há dúvida que a verdadeira liberdade era a que tinham os moradores de Berlim Oriental. O paraíso do trabalhador eram os países atrás da Cortina de Ferro. Tanto é verdade que todo mundo sabe que o Muro de Berlim existia para impedir uma invasão massiva dos operários ocidentais em busca da felicidade socialista.
Piadas tragicômicas a parte, na tentativa de fugir, muita gente foi morta tentando cruzar o muro. Que não era um muro, mas todo um complexo sistema, com muros, cercas, campos minados e ninhos de metralhadoras, permanentemente vigiado por soldados com fuzis AK47.
Eu sei porque morei em Berlim Ocidental e atravessei o muro dezenas de vezes. O curioso é isso: os turistas e alemães ocidentais entravam e saíam da Alemanha Oriental quando queriam, mas os alemães orientais não podiam visitar seus parentes do outro lado da fronteira.
O mundo andou e os alemães orientais foram inseridos na Alemanha Ocidental, segundo quem sabe das coisas, contra a vontade. Que o diga Angela Merkel, nascida lá, chanceler e do partido de centro-direita.
Na visão de muita gente, felizes são os cubanos e os norte-coreanos que têm o privilégio de viver numa verdadeira democracia. Em países onde o leite e o mel jorram de fontes nas praças públicas, com mais fartura do que na Terra Prometida.
A Coréia do Norte acaba de mostrar como uma verdadeira democracia funciona. Em menos de duas semanas, o segundo homem forte do regime, tio do ditador, foi tirado do governo, julgado, condenado à morte e executado. Eficiência é isso. Tem militante perguntando que país capitalista faz algo parecido.
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