Sobre a Santa Casa
Desde o meio do ano passado a Santa Casa de São Paulo, atolada numa crise financeira séria, vem sendo acusada de má gestão.
Da noite para o dia, o maior hospital filantrópico do Brasil, por mais de duas décadas avaliado, 4 vezes por ano, sempre com nota próxima da máxima, por um órgão multi-governamental, passou a ser exemplo de tudo de errado e que não deve ser feito na área da saúde.
Para provar isso, foi feita uma auditoria por funcionários da União, do Estado e do Município, que não apresentou conclusão porque divergiram sobre os resultados. E outra, privada, cujo relatório final, que não foi divulgado, aponta dados bem diferentes dos comentários e notícias. Ela não encontrou o alardeado superfaturamento nas compras, nem dívida de 700 milhões, nem mais de 20 funcionários por leito.
Aliás, este capítulo é melancólico. O número real de funcionários por leito da Santa Casa está no mesmo patamar do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
A Santa Casa também tem sido acusada de receber bilhões, sem oferecer tratamento adequado. É verdade, ela recebe muito dinheiro como pagamento por serviços que o Estado não presta. E dividido pelas mais de 3 milhões de pessoas atendidas anualmente, este número cai para menos de 300 reais para atender cada paciente, tanto faz o quadro apresentado.
Nos últimos dias saíram notícias a respeito de hipotética ação milionária entre a Santa casa e a Unimed Paulistana. Pasme! Não há ação entre Santa Casa e a Unimed Paulistana. É triste ver como levianamente publicam suposições sem qualquer prova consistente. Mas vamos em frente! A Santa Casa, pelos serviços prestados em mais de 400 anos de história, merece muito mais.
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