Será que o brasileiro paga mais imposto?
Estamos sentindo na pele os efeitos devastadores da greve dos caminhoneiros. Em poucos dias de paralização e bloqueio das estradas, o país foi desabastecido, sofrendo com a falta de combustíveis, alimentos, medicamentos, transporte público, etc.
Os caminhoneiros pararam o país e obrigaram o Governo a negociar. Eles realmente não tinham condições de arcar com os aumentos de preço do diesel, impossíveis de serem transferidos para o preço dos fretes em função da crise que ainda afeta o Brasil.
O complicado na história é que, se os caminhoneiros estão certos, a Petrobrás também está certa. Se eles não podem arcar com os aumentos, a companhia não tem como deixar de praticar os aumentos, sob risco de voltar à condição quase falimentar em que foi colocada pelo Governo da encaixotadora de ventos, a pífia Dilma Rousseff.
A questão passa pelo aumento do preço do petróleo no mercado internacional e pela desvalorização do real frente ao dólar. A soma dessas variáveis gerou um aumento de perto de 50% no preço dos combustíveis. O nó é como fazer para suportá-lo sem aumentar os preços.
Como sempre, interesses setoriais aproveitaram para tirar uma casquinha e políticos comprometidos apenas com eles zurraram as costumeiras sandices.
Mas a greve foi além. Ela teve o condão de nos mostrar claramente a carga tributária que penaliza o brasileiro. No petróleo os impostos passam os 40%. E, se conferirmos, verificaremos que a realidade se repete com medicamentos, alimentos e outros produtos essenciais.
Esta carga tributária absurda existe para custear um estado caro e um funcionalismo ineficiente. A pergunta que não quer calar é se o brasileiro está disposto a pagar esta festa. Eu não estou. Você está?
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