Ser são-paulino é fácil
Ser são-paulino é fácil. Eu sei porque sou. O time tem o direito divino de ser campeão sempre que quiser, mas, por inteligência ou incompetência, nem sempre exerce o seu direito, deixando milhões de pessoas mais ou menos decepcionadas.
Mais ou menos porque os são-paulinos sabem, já faz um certo tempo, que, com o moral e a vontade de vencer do time que está aí, não adianta Rogério Ceni, Tite, São Pedro ou o Cacique Cobra Coral como treinador. Não tem jeito, não anda, nem que chova canivete.
O mínimo que se espera de um time que quer ser campeão é que queira ser campeão. Essa fase parece que o São Paulo já passou. O time dá mostras de querer ser campeão. Ou, pelo menos, finge bem.
Tanto faz, o resultado óbvio, lógico, sem graça, é o time ser desclassificado justo na hora que parecia que ia.
Não é caso de colocar o trabalho do Rogério Ceni em discussão. Ele tem feito o que pode e os resultados mostram isso. Quando não importa, o time goleia; quando importa, o time perde, mas de pouco.
Questão de coerência. Perde, pelo menos, resultado para não dar ao vencedor a ideia de que é melhor do que o outro vencedor. Todos podem vencer, mas o placar é padrão, o São Paulo perde cientificamente pelo placar pré-determinado para aquela série de derrotas.
Depois ganha um pouco, para dar a ilusão de que entrou nos eixos e que agora vai, mas não vai. É só jogo de cena para a torcida ir aos estádios. Para incrementar os programas esportivos.
Quem sabe com a diretoria reeleita o time mude de postura. Parece que tem gente boa entrando em campo para mexer os pauzinhos e tentar colocar ordem na casa. Mas, até isso acontecer, deve levar mais um tempo. Então, são-paulino, não se anime, a vitória virá suada, no instante final.
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