Semiótica azul (Um tratado Metro-Gongórico)
Semiótica azul, o denso tratado não escrito sobre a parcialidade da visão humana travestida no cotidiano psicológico de um único indivíduo.
As variações de tom, humor e paciência que jogam com o ser humano como se fossemos o prêmio das apostas na mesa dos deuses.
Naufrágios, tubarões, sonhos ruins, pesadelos, lugares que não existem, comidas que não existem, premissas e corolários que não existem, tudo se mistura na ampla gama de possibilidades existentes entre o meu e o seu. Entre os seus problemas serem seus e os meus problemas serem meus. E os seus problemas não me dizerem respeito gerar uma galáxia de possibilidades, rudemente condensadas em buracos negros criados pela parcialidade da visão simiominimalista das pegadas humanas deixadas sobre o planeta. Seja num tapete persa, na ravina africana ou no chão duro e seco da caatinga. Que, por hoje ser sertão, um dia será mar.
Quem sou eu para duvidar? Não, a dúvida não existe, nem a certeza. Há mais chapéus do que cabeças. A Via Láctea tem em si o atavismo do primeiro espermatozoide fecundando um buraco negro, para arrancar do ventre escuro do universo, antes do “big-bang”, a luz das estrelas, a velocidade cósmica dos cometas e as trombadas dos asteroides.
Vista do alto a terra é azul. Os ET’s sempre o souberam. Décadas atrás, o primeiro astronauta deslumbrou o mundo, galvanizou as opiniões, redescobriu as teorias adormecidas no passar dos séculos. A Terra é azul!
A semiótica azul só foi corretamente exposta no primeiro tratado de William Scott Pitt, o genial geo-filósofo-franco-atirador atualmente quase esquecido, que introduziu na rotina social algumas de suas mais importantes premissas, inclusive para o pseudo sucesso do PT. E todas as lastimáveis consequências resultantes. Semiótica azul, a visão parcial, de um lado ou de outro, em última análise é a síntese da condição humana.
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