São Paulo é maior
Tanto faz a administração incompetente, o trânsito ruim, a violência, a boçalidade, a estupidez. São Paulo é muito maior. E muito melhor.
Entre as cidades do mundo, São Paulo se destaca pelo comércio, pela vida cultural, pela gastronomia, pelo polo industrial, pelas feiras e eventos, pela vida dinâmica de seus 11 milhões de habitantes.
São Paulo é feia? É. Mas será que é tão feia assim? Nem tanto. Toda metrópole do mundo tem vários lados, várias vertentes, várias regiões, mais feias, mais bonitas, deslumbrantes, pujantes e decadentes. É assim que o ser humano evolui.
A primeira vez que morei na Alemanha, o centro de Hamburgo estava completamente deteriorado. Na segunda vez já estava em recuperação e hoje está reorganizado e reurbanizado.
Poucos anos atrás, Nova Iorque tinha áreas completamente degradadas que hoje estão entre as mais valorizadas da cidade. E o mesmo aconteceu com Londres.
Quer dizer, o que está feio hoje pode ficar bonito amanhã. E o que ainda nem existe pode ficar mais bonito ainda, da mesma forma que o que existe pode entrar em decadência.
São Paulo tem áreas deslumbrantemente arborizadas. Zonas em que o verde se espalha soberano, como bosques circundando os bairros.
Tem outras áreas sem uma única árvore, onde as flores são de plástico e ficam em cima das geladeiras. Tem, é verdade.
Tanto faz, a cidade vale mais do que pesa e na sua insensibilidade e frieza toca em frente, empurrada por milhões de pessoas que acreditam que seus sonhos podem se tornar realidade.
Milhões de seres humanos que, de uma forma ou de outra, interagem, vivem, amam, trabalham e morrem criando riquezas na sua cidade.
Voltar à listagem
