Que saudades da Telesp
Que saudades da Telesp! Pode parecer estranho alguém dizer, ou melhor, gritar isso, mas que saudade da Telesp!
É verdade, na época da Telesp a maioria dos brasileiros não tinha telefone. Ao ponto de investir em linhas telefônicas ser dos bons negócios da época. Um amigo chegou a ter mil linhas, o que o fazia francamente rico. Como demorou a vendê-las, com a abertura do mercado, perdeu uma fortuna.
Mas se, na época, não tinha linhas para todos, pelo menos os telefones funcionavam, ainda que mais ou menos, especialmente quando a Telesp fazia o trabalho de manutenção.
Hoje é o contrário. A herdeira da Telesp ameaça fazer uma manutenção e todos têm certeza: os telefones ficarão mudos por dias e dias a fio, sem chance de volta e com enorme dificuldade para reclamação porque o 0800 da indigitada pede que você digite o número com defeito e, quando você digita, ele informa, pedindo desculpas, que não conseguiu reconhecer o número digitado.
Coisas do mundo moderno. E da falta de respeito com o consumidor. Fiquei uma semana sem telefone porque a herdeira da Telesp encarregada do bairro decidiu fazer uma manutenção. Até que tive sorte. Afinal, amigos que moram perto ficaram mais duas semanas com o aparelho mudo, um olhando para o outro, mas sem possibilidade de falar.
Que são muitos dias em comparação com duas semanas? Não sei se faço bem em contar isso, afinal, na próxima manutenção posso ser retaliado e aí quem vai ficar um tempão absurdo sem telefone serei eu. E com certeza será pior do que foi.
Mas não dá pra ficar quieto. Se o telefone fixo também não funciona, o rádio tem a obrigação de informar: é tão ruim quanto o celular.
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