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Crônicas & Artigos

em 28/04/16

Qualquer tempo é tempo

Chove, faz sol, fica encoberto. Tanto faz, qualquer tempo é tempo. E independe de nós.

Os antigos chamãs faziam chover; os pajés previam as boas safras, as secas e invocavam as chuvas.

Calcas previu a vitória grega na guerra de Tróia, desde que Ifigênia fosse sacrificada. E Diana Caçadora transformou a princesa numa corsa.

Ulisses levou 10 anos para retornar a Ítaca. E Menelau, que foi a razão da guerra, quando Helena o abandonou e fugiu com Paris, depois da queda de Tróia, teve final feliz, dormindo nos braços da filha de Zeus, a bela Helena, recuperada e arrependida.

Qualquer tempo é qualquer tempo. Julio César foi assassinado e seus assassinos foram mortos. Quer dizer, na soma, morreram todos. Ninguém pode mudar a história, nem a dinâmica da vida. As coisas são, acontecem porque têm que acontecer.

Ninguém pode alterar as regras naturais. Só a natureza se altera e evolui em ritmo próprio, fora do controle dos operadores das bombas atômicas, dos drones e dos terroristas que se explodem como se a morte fosse a entrada vip para os camarotes do paraíso.

Há quem se julgue Deus. Acima do bem e do mal. Líder inconteste das massas descamisadas, dos ex-miseráveis que falam no celular, compram televisões de LED e carros em 60 meses. E perdem o emprego.

Há quem se julgue mulher sapiens. Há quem aproveite o momento para ficar mais rico, por dentro e por fora.

Tanto faz, no fritar dos ovos, no que sobra para a história, são todos menos que um grão de areia e a maioria estará esquecida em 5 anos. Já os outros entrarão no quadro só para se mostrar o que não deve ser feito. Com chuva ou com sol, o Brasil vai dar certo.

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