Pôr do sol
Tem gente que gosta da lua cheia, outros gostam do mar quebrando nas rochas, outros do mar morrendo numa praia; e tem quem goste de uma campina cortada por um rio e os que preferem as montanhas.
Tem quem se emocione com o som de um violão cortando a noite. Quem se arrepie com o barulho do vento passando entre as árvores. Quem pague qualquer preço para ouvir o canto de um sabiá.
Tem quem prefira a cidade, o piso duro do asfalto negro cortado por faixas brancas marcando as pistas dos carros e dos ônibus.
Tem os que sonham com as discotecas, com uma casa de show, com um restaurante servindo macarrão às quatro horas da manhã.
Cada um é cada um. Tem gente que prefere muito mais coisas, boas e ruins. Os que não abrem mão da primeira tragada no primeiro cigarro do dia. Os que tomam rabo de galo para espantar o frio. Os que pedem cerveja com ovo para aguentar o trampo. Os que sonham acordados com as lembranças da infância sentindo o cheiro de pão assado saindo da chaminé de uma padaria.
Têm os que gostam de sonhar e os que querem viver. Os que se iludem e os que não perdem a esperança. Os que acreditam na pureza do homem e os que torcem pelas mulheres. Tem de tudo, tanto faz.
Mas, digam o que disserem, nunca vou deixar de me comover vendo o pôr do sol na cidade de São Paulo. As cores do céu, o vermelho que vai se transformando em laranja e lilás, o azul transparente criando o contraponto, o quadro não tem comparação. Nem a lua cheia brilhando em cima do mar, nem o sol do meio dia, nem as estrelas e os cometas chegam perto do pôr do sol em São Paulo. A exceção é você. Você é mais bonita e mais doce. Você eu amo, o pôr do sol… eu só admiro.
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