Passarela Miguel Reale e outras passarelas
Logo na saída do Túnel Max Feffer, por cima da pista tem uma passarela de pedestres com linhas futuristas. Uma passarela pênsil, o que não é comum na cidade.
Pendurada num poste um pouco antes da passarela tem uma placa azul onde se lê: Passarela Miguel Reale.
Em cima da Avenida Pedro Álvares Cabral, no Ibirapuera, tem a passarela Titilo Matarazzo. E na Avenida Juscelino Kubitschek tem a passarela Marcelo Fromer.
Ligando a Avenida Lineu de Paula Machado com a USP tem a passagem Eurípedes de Jesus Zerbini e logo depois do Viaduto Antártica tem a Passarela Arrancada Heroica, uma honesta homenagem ao Palmeiras.
De outro lado, quantas e quantas avenidas monumentais, quantos túneis, pontes e viadutos carregam nomes sem qualquer destaque ou absolutamente desconhecidos da maioria da população?
Exemplo da forma como funciona a decisão sobre os nomes das ruas da cidade é que até agora dois dos maiores jornalistas brasileiros, Ruy Mesquita, criador do Jornal da Tarde, e Roberto Civita, criador de Veja, não foram homenageados nem mesmo dando o nome a uma passarela de periferia.
Por isso, se você tem pretensões a virar nome de logradouro depois que morrer não se anime muito, especialmente se você fez alguma coisa importante em vez de ser amigo do político da vez.
Finalmente, supondo que você fez alguma coisa importante e é amigo do político da vez e por isso virou nome de ponte depois que morreu, não fique muito cheio de si, em pouco tempo seu nome estará escrito de outro jeito e ninguém se lembrará de você.
Voltar à listagem