O viaduto Antártica
O Viaduto Antártica é a curva fora da curva na vida de quem acha que a CET tem jeito.
É passar pelo viaduto para surgir uma dúvida, um ponto de interrogação, sobre as boas intenções mostradas até agora.
É verdade, o semáforo da Praça Wendell Wilkie está uma beleza. Mais bem sincronizado que em qualquer outra época, desde sua instalação.
Mas só isso é pouco para dizer que temos uma nova tendência na nossa frente. Que a CET realmente se convenceu das vantagens da livre iniciativa, da concorrência, da democracia, das leis de mercado supervisionadas pelo governo.
Será? Essa a grande dúvida que chicoteia a alma, que reflete o sol no meio da noite, que estoura feito onda de ressaca na mureta baixa da beira da praia.
Eu sou um otimista e acredito sempre que quem quer melhorar, melhora. Esta administração gosta da cidade. Está tentando acertar, fazer bem feito, investir no essencial e deixar as ciclofaixas pintadas com urucum boliviano um pouco fora do foco.
Mas é difícil, por isso ainda não está claro se a CET quer mudar ou quer apenas enganar e tudo que aconteceu até agora foi mais obra do acaso do que ação planejada.
O viaduto Antártica tem parado mesmo com a crise tirando milhares de carros das ruas todos os dias. Não me pergunte porque ainda não mexeram no semáforo para pedestres na Avenida Marques de São Vicente. O fato é que não mexeram e ele continua parando o viaduto.
Outro dia levei mais de meia hora parado em cima dele. Não tem o que fazer, quando isso acontece é entregar a alma a Deus e rezar com todas as forças para em algum momento o semáforo quebrar. Mas esse não quebra, faz parte da Lei de Murphy, ou da herança da ex administração.
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