O verde e a educação
O mundo vegetal fica triste, sente pena, se comove, mas honestamente quer que a educação vá torcer para o Palmeiras na próxima decisão do Campeonato Paulista de Futebol.
Não que o verde não sinta na pele as consequências diretas da queda alucinada da educação brasileira, que vai crescendo a passos largos em todos os níveis da vida estudantil, que descobriu que promessas foram feitas para serem quebradas e por isso parte dos alunos vai ficar de fora, chupando o dedo em vez de estudar.
Nada de novo num país administrado pelos nossos atuais governantes. Se há algo que eles fazem bem é mentir. Deslavadamente, disfarçadamente, envergonhados, sem vergonha nenhuma, tanto faz, eles mentem e os estudantes estão descobrindo isso da forma mais doída possível: ficando fora das salas de aula que lhes foram prometidas.
O fantástico é que o slogan da hora diz que somos a Pátria Educadora.
Como podemos ser a pátria da educação se a Presidente da república, de quem se espera o exemplo, se diz “presidenta”, uma palavra que não existe na língua, mas foi adotada por decreto?
O que esperar de uma nação na qual os Ministros de Estado falam errado de propósito para agradar a Presidente? Na qual a formação dos professores é fraca, o desprestígio da categoria uma constante e a remuneração uma piada?
Pátria educadora é pátria sem miséria. É verdade. É por isso que Suécia, Grã-Bretanha, França, Japão e dezenas de outros países não têm miséria. Neles, oferecer educação de qualidade é função básica do Estado e assunto tratado como coisa séria. Aqui, educação ruim é slogan de campanha mentirosa. E tentativa de doutrinação política.
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