O último legado
A administração que não gostava da cidade saiu, mas deixou um último legado. Os pernilongos.
É impressionante como em poucos dias a nova administração conseguiu reduzir drasticamente o martírio que se abatia sobre os paulistanos, com ações simples, sem maiores sofisticações, além de tratar as beiras dos rios.
Não foi preciso nem uma semana para se sentir a enorme diferença dos milhões de pernilongos que foram postos para fora da vida da cidade. O que mostra duas coisas: a primeira é que a antiga administração não gostava mesmo da cidade, nem de seus moradores, porque se gostasse, teria tomado as providências necessárias; e, a segunda, que além de não gostar da cidade, ainda por cima era completamente incompetente.
Nada de novo debaixo do sol. Foi o próprio responsável pela sua eleição que disse que estava elegendo postes. Não é um grande elogio, mas o eleitor de postes sabia do que falava, afinal, tinha convivido com a turma no Ministério da Educação, tempo em que tiveram tempo para realizar três Enens e todos tiveram problemas.
Foi a nova administração querer resolver e resolveu. O quadro não era tão dramático como se imaginava. Os pernilongos haviam deixado de lado as fardas importadas anos atrás que os protegiam do fumacê. Também não haviam renovado o antigo acordo de cooperação com a prefeitura. Achavam que com postes no comando não precisavam tomar nenhuma precaução. Durante quatro anos deram as cartas, depois se deram mal, em uma semana, graças a gente competente, foram postos fora de combate.
Como eu não quero passar por parcial, vale lembrar que num ponto administração passada foi grandiosa: Ela resgatou a biografia de Celso Pitta. Ele não foi o pior prefeito de São Paulo.
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