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Crônicas & Artigos

em 14/11/18

O tamanho diminui, mas o preço, não

O saco de café em grão diminui. A caixa do sorvete diminui. A lata de cerveja diminui. O refrigerante diminui. O sabão em pó diminui, mas curiosamente, apesar de toda a diminuição, o preço não diminui. Ao contrário, continua o mesmo, ou até mais caro, mesmo com as quantidades dos produtos diminuindo.

Deve ser alguma mágica, ou truque que ninguém explica. Afinal, se um produto tem um preço, imagina-se que o produtor e o comerciante sabem qual é a margem a ser aplicada e ganham dinheiro com ele.

De acordo com todas as informações, a inflação está abaixo da meta. Quer dizer, não há pressão para aumentar preços. Além disso, vários insumos estão com os preços baixos, o que também reduz a necessidade de um aumento.

É aí que vem a pergunta, se não precisa aumentar por que fazer e ainda por cima de uma forma feia? Em vez de assumir que o produto está mais caro, diminuir a quantidade da embalagem?

Já ouvi de um conhecido que estou bravo por nada, que a redução por unidade é muito pequena.

Não posso concordar. A redução, sem campanha avisando, encarece o produto que o cidadão leva para casa porque ele está pagando a mesma coisa, mas por menos quantidade.

Além disso, se pensarmos que são vendidos milhões de unidades de cada produto, reduzindo a quantidade o produtor estará enchendo milhares de outras embalagens que ele vai manter menores, mas vender pelo preço novo. Quer dizer, vai ganhar duas vezes.

Eu concordo que o preço é livre e cada um vende seu produto como quer. Cabe ao consumidor comprar ou não. Mas, sem aviso, diminuir a quantidade do produto e manter o preço, tira muito da transparência.

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