O semáforo da praça Wendel Wilkie

É até difícil de acreditar, mas, se for verdade, é como se os milagres existissem e as coisas pudessem mudar porque, em algum momento, uma série de fatores coincidiram e um vento bom sopra a melhor solução para um problema de origem humana, consertável apenas por mãos humanas.

Pasmem! Volto a insistir, se for verdade, a CET começa a mudar e mudar para melhor.

A Praça Wendell Wilkie, no Pacaembu, é cenário de cenas que não engrandecem o ser humano. Com um semáforo complexo, com 4 ruas entrando e saindo, a engenharia para o correto funcionamento dos tempos de cada rua não é fácil.

Durante décadas, o semáforo funcionou com 3 fases, a primeira abrindo para quem segue reto ou vira à esquerda, vindo da Arnolfo de Azevedo; a segunda fechando a entrada à esquerda, para permitir a passagem dos carros que descem pela Almirante Pereira Guimarães; e a terceira abrindo para os carros que vem pela Zequinha de Abreu.

Algum tempo atrás, o semáforo hipotecou solidariedade aos demais integrantes da categoria e apagou. O conserto demorou e, quando foi feito, o encarregado inverteu a ordem acima, arrumando uma enorme confusão no que sempre foi mais ou menos confuso.

Mas eis que um belo dia, voltando da Rádio para o escritório, eu descubro que o semáforo mudou e mudou para melhor. Percebi que ele estava abrindo em 4 fases, resgatando o desenho original, mas acrescentando outra sincronizando: o fluxo dos veículos que vêm da rua Gustavo Teixeira e os que saem da Praça para cruzar as pistas.

Fiquei esperto. Poderia ser apenas um engano que seria consertado, estragando tudo de novo. Mas não. Passadas duas semanas, tudo continua funcionando do mesmo jeito. Será que é o começo da mudança da CET?