O semáforo da Avenida Sumaré
Depois que recebi uma correspondência da CET dando conta de que os semáforos da Rua Jaguaribe eram uma exceção e que já estavam consertados, escrevi sobre algumas outras situações que seriam suficientes para mostrar que a USP estava certa e que a CET nem sempre conta toda a verdade.
O que não falta é material para isso. Seria possível escrever duas ou três crônicas por dia apenas contando sobre os semáforos apagados, no intermitente, funcionando mal ou completamente sem sincronização.
Curiosamente, nunca escrevi sobre radares quebrados ou que pararam de multar, seja lá pela razão que for. A CET informa que está multando menos, mas, mais curiosamente ainda, o valor arrecadado com as multas não diminuiu, como seria de se esperar se ela realmente estivesse multando menos.
Aliás, nesta linha, vale lembrar que a CET instalou radares dentro do Túnel Ayrton Senna. Segundo ela, é medida de segurança, mas os seus próprios dados mostram que o túnel tem um número irrisório de acidentes por ano, a imensa maioria pequenas colisões.
A não ser que a CET se valha da mesma lógica aplicada à Justiça do Trabalho, que custa mais caro do que as causas que ela resolve, não tem sentido este aparelho sofisticado dentro do túnel.
Mas a verdadeira razão da crônica de hoje é reconhecer os esforços de um semáforo da Avenida Sumaré. Segunda-feira de manhã, 12 de novembro, perto de sete horas, o bruto estava apagado.
Tem quem diga que o semáforo queria ver uma batida entre dois ônibus, mas eu não acredito em tanta maldade. Tenho certeza que ele estava desligado por solidariedade aos seus irmãos sem manutenção em todos os cantos da cidade.
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