O ponto comum é o ciclista
Enquanto as ciclovias do Rio Pinheiros ostentam placas avisando os ciclistas sobre os riscos de assalto, no Rio de Janeiro, para não espantar os turistas, o Governo prefere o silêncio. E o resultado é que um ciclista, antigo atleta, foi assassinado a facadas enquanto pedalava, como sempre costumava fazer, na pista na margem da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Ainda não ouvi falar de facadas nas ciclovias paulistanas, o que não quer dizer que não aconteçam em outras áreas da cidade administrada pela prefeitura Morubixaba-bebê, a administração que não gosta de administrar São Paulo.
No Rio de Janeiro a violência não só vai retomando os morros pacificados, onde o Governo não fez mais nada além de colocar polícia, como vai se espalhando por toda a cidade, do Centro à Barra, passando pelas linhas amarelas e vermelhas, Copacabana, Ipanema e Leblon.
Em São Paulo a situação também é grave. As estatísticas dizem que o crime caiu ou vem caindo. E é verdade, o Estado tem alguns dos números mais baixos do país em vários quesitos importantes, começando pelos assassinatos. Mas o outro lado é que os assaltos crescem em progressão geométrica e a população desistiu de fazer o B.O. porque, além da perda de tempo, não acontece quase nada.
Ironicamente, eu diria que faz bem e é bom ver as duas maiores cidades do país entrarem em sintonia com a Capital Federal.
Em Brasília roubam muito. No Rio de Janeiro e em São Paulo quem sabe não roubem tanto, mas há um esforço concentrado nas duas cidades para não permitir que Brasília se desgarre, correndo solta, campeã absoluta no quesito roubo da população. É só olhar estrago na saúde pública, na educação e os desmandos de certos políticos. Mas, mesmo em desvantagem, nossos bandidos fazem o que está ao seu alcance.
Voltar à listagem