O Piselli
Tem restaurante que a gente deveria ir mais do que vai. Por que é assim eu não sei, só sei que é. Tem restaurante que você acha maravilhoso, mas, por uma razão ou outra, acaba frequentando pouco, até quando o custo/benefício é bom.
É o caso do Piselli, do meu amigo Juscelino. O Juscelino é meu amigo faz muitos anos. Desde a época em que era maitre do Gero. Um dia ele me disse que iria sair e abrir seu próprio restaurante. Foi, fez e deu certo. Tanto que hoje, pelo que eu sei, é sócio de outras casas, além do Piselli.
Eu não tenho a menor intenção de julgar restaurantes. Não tenho competência para isso. Meu paladar está longe de ser muito sofisticado e minhas habilidades culinárias não são famosas como as de tanta gente que cozinha por hobby e dá show no assunto.
Mas gosto de comer e saio regularmente para almoçar ou jantar fora. É um programa de me dá prazer e que, por isso, faço com frequência.
Como sou sistemático, tem meia dúzia de lugares onde sou bem tratado e por isso acabo voltando sempre.
Não é preguiça de conhecer outros locais, mas comodismo mesmo. Se eu sei que vou ser bem tratado nos restaurantes em que vou, por que pensar em mudar?
Eu tinha uma tia-avó, que quando perguntavam se ela gostava de quiabo, respondia que não. E quando perguntavam se ela já tinha comido quiabo, dizia que se ela sabia que não gostava, por que iria experimentar?
O resultado dessa política é que, às vezes, quando vario e vou conhecer outros lugares, acabo encontrando amigos de muitos anos trabalhando neles.
O Piselli é destes casos mal explicados. Eu gosto muito do lugar e da comida. Por que vou pouco? É uma boa pergunta….
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