O neto do Zé Santinho
O mundo das redes sociais é fascinante para milhões de pessoas ao redor do planeta. Através dele encontramos quem sumiu, perdemos quem estava próximo, conhecemos gente nova, ficamos amigos, não ficamos amigos, nos deixamos invadir, invadem, contam, recontam, inventam, enfim, criamos um mundo paralelo, que se torna mais real do que a vida nossa de cada dia.
Nele todo mundo pode ser príncipe encantado, todo mundo pode ser princesa, belo, rico, famoso, ou simplesmente, ser apenas quem é, do jeito que é, sem enfeitar o bolo ou oferecer chocolate.
Eu não sou fanático pelas redes sociais. Mas tenho minhas páginas e vamos em frente, porque atrás vem gente e hoje é assim ou é assim.
Foi aí que a mágica aconteceu. Recebi um e-mail me contando uma história comprida, que começava lá na minha infância quando o “Matão” era enorme e não apenas alguns alqueires no que foi nossa fazenda.
Quando comecei a ler, imaginei que quem escrevia era o Zezinho, filho do Elias e da Itália. Mas ele, eu tinha encontrado há pouco no prédio do Estadão, então não fazia muito sentido.
Só à medida que fui lendo descobri que quem escrevia era o neto do Zé Santinho. Fabiano Godói, filho da Norma que eu conheço desde menino, porque cresci com ela e seus irmãos, o Lúcio e a Calica.
Ler o e-mail dele me deu uma sensação muito gostosa. Não de volta ao passado, mas de andar pra frente, 4 gerações depois do começo de tudo, numa fazenda em Louveira.
Foi bom resgatar o Zé Santinho, que me ensinou a gostar da mata e de seus silêncios. Que me ensinou muita coisa enquanto me a ensinava caçar, numa época em que caçar era bom e bonito. Mas foi melhor ainda saber do Fabiano. Obrigado, Fabiano, por me fazer reencontrar minhas raízes.
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