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Crônicas & Artigos

em 29/07/15

O muro do cemitério da Consolação

Pouca coisa seria mais triste. Sim, seria. O é não cabe porque pouca coisa é mais triste do que andar por São Paulo vendo o descaso, o abandono, a sujeira e a deterioração da cidade.

Se tem alguma coisa boa, está tão escondida que ninguém acha. As obras não acabam e, quando acabam, expõem a péssima qualidade.

O lixo espalhado pelas calçadas, as caçambas colocadas embaixo das placas de proibido estacionar, as peruas da CET em cima das faixas de pedestres ou nas vagas reservadas às pessoas especiais mostram o absoluto desprezo da atual administração pelos valores maiores que deveriam pautar qualquer gestão pública.

Uma cidade como São Paulo é patrimônio mundial. É o resultado da obra de gerações e gerações de pessoas interessadas em tocar em frente, gerando riquezas, criando bem estar e qualidade de vida.

Os melhores hospitais, as melhores escolas, a melhor universidade não estão em São Paulo porque caíram do céu ou por obra do acaso. Não, eles são a matéria prima indispensável para formar cidadãos educados, saudáveis, com noções de civilidade, patriotismo e vontade de vencer.

Vencer trabalhando, não tungando dinheiro público ou fingindo que faz para ganhar eleições viciadas pela miséria, que a maioria dos nossos políticos não deixa sair do dia a dia da população.

Neste quadro absolutamente desolador, onde a esperança ainda tem que esperar um ano para dar o troco, o muro do Cemitério da Consolação é um pequeno detalhe. Que importa se ele caiu faz tempo e não foi reconstruído? Coloca meia dúzia de compensados tapando o buraco e está pra lá de bom.

Pra que querer mais? Se a administração municipal não se interessa pelos vivos, por que se interessaria pelos mortos e consertaria o muro do primeiro cemitério da cidade?

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