O Ibirapuera
O Parque do Ibirapuera, madeira podre, na língua geral, foi aberto nas comemorações do quarto centenário da cidade, em 1954. De lá para cá, muita água escorreu pelas suas tubulações de drenagem. Foi sede da Prefeitura, abrigou Secretarias, foi bem e mal usado, bem e mal mantido, bem e mal amado, até chegar nos dias de hoje, como o parque da cidade.
O Ibirapuera ocupa uma área deslumbrante na zona sul. Uma baixada, parte dele é um quase pântano, aterrado para se transformar no parque que serviu de vitrine para os 400 anos da cidade que mais crescia no mundo e para o que ela quis mostrar naquela data.
Com Planetário, Bienal, Museu de Arte Moderna e agora, mais recentemente, o Museu de Arte Contemporânea, o Ibirapuera faz diferença e se equipara a qualquer grande parque do mundo.
O resultado do seu sucesso é a quantidade de gente que vai lá todos os finais de semana. Com certeza, o parque recebe nos fins de semana e feriados mais visitantes do que o número de moradores de várias cidades do interior do próprio Estado de São Paulo.
Nada que não seja tipicamente paulistano. A cidade é superlativa, nada mais lógico que o parque da cidade também o ser.
Com árvores de todos as origens, quem se destaca pelo tamanho são alguns eucaliptos, que, pelo crescimento acelerado, se transformaram em árvores enormes, enquanto outras, nacionais, de madeira dura, ainda estão longe do tamanho definitivo, em função do crescimento mais lento.
Pode mais quem chora menos. Tem quem não goste dos eucaliptos. Não é meu caso. Gosto das árvores australianas. Seu cheiro peculiar me leva de volta à infância e aos passeios a cavalo pela fazenda da família. Mas o tema é o Ibirapuera. Que ele siga em frente, sólido como o majestoso Obelisco em homenagem aos mortos da Revolução de 1932.
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