O futebol brasileiro dá pena
Ganhando bem da França, ganhando mal do Chile, o futebol brasileiro, atualmente, comparado com o que vai pelo mundo, dá pena.
Dá pena ver a seleção e dá pena ver os times nacionais jogando. Às vezes, para confirmar a regra, um jogo é muito bom, ou um time joga muito bem, como foi o Palmeiras na vitória incontestável e bonita sobre o São Paulo. E eu sou são-paulino!
Preciso dizer que, se o São Paulo – absolutamente inserido no padrão do nosso futebol atual – não jogasse tão mal como jogou, o Palmeiras poderia vencer, mas não seria o passeio que foi.
A comparação com os campeonatos europeus enche de vergonha quem viu Pelé jogar, quem viu Garrincha, Didi, Gerson, Tostão, Rivelino, Falcão, Zico, Romário, Ronaldo e tantos outros craques com “C” maiúsculo.
Como comparar o São Paulo de hoje com a máquina de futebol de Telê Santana?
E o Palmeiras de hoje, como fica na comparação com a Academia de Ademir da Ghia?
O que dizer do Santos, numa comparação com o time maravilhoso dos anos 1960 e 70?
Quem assiste o Barcelona, o Bayer, o Real Madri, os times ingleses e italianos e compara com nossa miséria em campo só pode ficar triste. Profundamente triste e envergonhado.
O que salta aos olhos é que o vexame na Copa do Mundo não foi um acidente como em 1950. O vexame foi vexame mesmo.
O que se viu em campo, e o que continuamos a ver em campo, é um futebol sem graça, sem criatividade, sem magia, sem encanto, sem craques, mas, principalmente, sem garra. É muito triste ver isso.
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