O diabo em Curitiba
Cada dia que passa, o ex-Presidente Lula encarna com mais intensidade o diabo dos filmes de Glauber Rocha. As semelhanças vão fundo, nas sobrancelhas arqueadas, no nariz, na barba, no sorriso de deboche, nos olhos frios e maus.
Sua imagem depondo em Curitiba atingiu a quase perfeição eventualmente sonhada pelos seus marqueteiros, não estivessem eles seriamente empenhados em livrar o seu e deixar os companheiros, incluídos o diabo e a fúria do Mobral, com a batata quente na mão.
A pergunta é se deu certo. Se Lula soubesse o que viria à tona logo depois da sua performance, teria pensado duas vezes antes de ir para a praça pública, encontrar no máximo 5 mil pessoas, entre inocentes úteis, vítimas dos ditos movimentos sociais, e gente querendo vender sanduiche.
O cerco se fecha e não adianta chamar D. Mariza, a defunta está no bem bom do outro lado, seja lá o que isso quer dizer.
Aqui, as coisas vão se complicando e a complicação é séria porque, entre todos que querem falar, o ex-Ministro Antonio Palocci pode contar muita história de deixar até procurador de justiça de cabelo em pé.
Ainda é cedo para saber o “the end”, mas as alternativas para o fim da novela, bem ao gosto do povo, apontam final triste para o diabo de filme do Glauber Rocha e para a prova viva dos desastres de quem cabulou aula do Mobral.
Se a televisão serve para distrair, para fazer as pessoas se esquecerem da própria vida para viverem as vidas dos personagens, serve também para mostrar o lado mau da vida, o que não deve ser feito, muito menos por quem se diz o pai e a mãe dos pobres.
Curitiba mostrou o Lula como o Lula é: um ser feio, que não acrescenta nada à vida de ninguém, para quem o próprio umbigo é o centro do mundo.
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