Novas tecnologias
Confesso que eu apanho diariamente cada vez que mexo num aparelho moderno. Especialmente se for um telefone celular.
A meu favor tem o fato de eu ser da época dos telefones de magneto. Quero ver a molecada de hoje girar a manivela e esperar a telefonista atender. Aliás, queria ver eles se entenderem com a imensa traquitanda composta de caixa, fone e bocal, tudo ligado por um fio que vai do fone para a caixa, onde, ao lado, está a manivela.
É mais do que eles compreendem, mas, para nós, de uma certa idade, era absolutamente lógico. Nem poderia ser diferente, se o telefone estivesse instalado na parede da casa da sede de uma fazenda.
Na cidade, a coisa era mais moderna. Os telefones a disco facilitavam a vida com ligações sem a interferência da telefonista. O número da casa de meus pais era 5 52 07; depois evoluiu para 65 52 07.
Mas o mundo não para e hoje já estamos no celular número 10 ou coisa que o valha, capaz de fazer coisas incríveis, como receber e-mails, passar mensagens e Whatsapp, tirar fotos, ter memória na nuvem e até falar. Isso mesmo, por incrível que pareça! Mesmo estando fora de moda, os telefones modernos ainda falam. Deve ser uma concessão para os mais velhos, mas eles falarem, seja lá qual for a razão, é muito bom.
O problema é regular as maquininhas. Elas têm vida própria, fazem o que querem e, tanto faz você mandar ou não mandar, elas só obedecem quando estão com vontade.
Regra que se aplica ainda com mais rigor quando você tenta usar o aparelho. Você imagina que ele vai fazer uma coisa e ele faz outra. Você aperta o botão de novo e não acontece anda, ou acontece, mas você não sabe o que fazer depois que aconteceu. Entre secos e molhados, a vida que deveria ficar mais simples, nem sempre segue a regra. Aí é jogo duro.
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