Nova modalidade de antigo crime
Faz décadas que os assaltos, entre secos e molhados, crescem ano a ano em todo o Brasil. São Paulo não é exceção. Um crime cai, outro sobe e seguimos na toada nacional, ainda que com o estado se saindo melhor do que a média.
O problema é que a criatividade dos ladrões e bandidos normalmente supera em muito a criatividade e a competência da polícia.
Roubar aeroportos, empresas de transporte de valores, fabricantes de telefones e equipamentos eletrônicos dá muito dinheiro, mas já perdeu o ineditismo.
Da mesma forma que roubar grandes depósitos de mercadorias. Não tem nada de novo debaixo do sol. O que varia é o tamanho do prejuízo.
Faz muito tempo que assaltos a caminhões são mapeados na região sudeste do país, a grande campeã da modalidade. A única certeza que sai do mapeamento é o aumento da frequência, mas também são ações antigas, com tecnologia à disposição de todos os que tenham competência para entrar no jogo.
Assaltos na Cidade Universitária mal e mal dão notícia nos jornais. Assaltos a casas e escritórios são prato requentado. Assaltos a joalherias de shoppings causam emoção, mas não trazem nada de novo. E por aí vamos.
Quem presta pouca atenção pode se iludir e imaginar que não tem nada de novo embaixo do sol. Mas não é assim. Os ladrões estão aí, com mais criatividade do que nunca, atacando, com a coragem que a impunidade lhes dá, cada vez mais gente.
A nova onda é o ataque a ciclistas nas ciclovias do rio Pinheiros. A festa é tão aberta e a ação tão comum que em vez de policiar o local, colocaram placas informando que as ciclovias são zonas de assalto.
Voltar à listagem