Nossa Senhora do Rosário
Igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. O nome diz tudo. Homens. Vale lembrar que, na época da sua construção, século 18, os escravos eram considerados coisa, portanto, a palavra “homens” define e dá a dimensão da Irmandade, composta por homens livres de origem africana. Ex-escravos, alforriados ou que compraram a própria liberdade.
A construção da primeira igreja da Irmandade dos Homens Pretos remonta à São Paulo colonial. Erguida com taipa de pilão, a igreja simples e pobre ficava na esquina da Praça Antonio Prado.
De lá foi transferida para o Largo do Paissandu no começo do século 20, em função das intervenções que começavam a ser feitas na cidade.
Foi transferida, mas manteve o nome, a homenagem aos Homens Pretos que ergueram seus muros originais numa época muito mais difícil, quando a escravidão era a regra.
Homens Pretos livres que se uniram para erguer uma pequena igreja, quase uma capela, de linhas singelas, mobiliário e alfaias simples, mas carregada de sentido no orgulho do nome: Igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Atualmente, a igreja localizada no Largo do Paissandu atrai fieis de todas a raças, de todas as origens, oferecendo a paz de seu interior para meditação, descanso ou esconderijo para a alma.
Oferece mais, oferece a possibilidade dos milagres, muitos atribuídos a Santa Edwiges, que vela pelos frequentadores, à esquerda de quem entra.
Durante muitos anos eu tive o hábito de acender uma vela, na prateleira instalada debaixo de um puxadinho, na lateral da igreja. “Obrigado, Nossa Senhora do Rosário da Irmandade dos Homens Pretos. Obrigado pela paz, pela força e pela esperança”.
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