Mosqueteiro tropical
Meu amigo, Carlos Eduardo Calfat-Salem, acaba de publicar um livro muito interessante. “Fatos, Fotos e Versões de um Mosqueteiro Tropical”.
Numa análise conservadora, o livro seria uma autobiografia. Outros diriam que se trata de um diário. Outros, que se trata de memórias, mas nenhuma definição é melhor do que um acerto de contas.
Numa narrativa leve, Carlinhos Salem viaja pela sua vida, resgatando passagens importantes para ele, mas que passam a ser importantes para a compreensão de fatos – alguns marcantes inclusive para a história – acontecidos numa época claramente determinada, que se inicia na segunda metade do século 20 e vem até os dias de hoje.
A primeira coisa que fica evidente é o enorme amor do autor pela vida. Isso faz com que as histórias sejam contadas como que num bate papo muito gostoso. Em sua imensa maioria, narrativas de momentos alegres, até quando em alguma passagem ele conta a morte de um amigo.
Internacional, o livro atravessa o mundo, mostrando a vida do Carlinhos e de seus amigos das mais variadas nacionalidades, principalmente no Brasil e na Europa.
Lá, a vida se divide entre situações fantásticas, algumas quase inacreditáveis, e trabalho e estudo junto à UNESCO e embaixadas de vários países, principalmente na busca de soluções para problemas como as creches que, no Brasil, até hoje, não existem em número suficiente e que resultaram na criação da Fundação Ação Criança, responsável pelo fornecimento de algumas mil refeições diárias para mais de 5 mil crianças.
Aqui, entre festas e momentos gostosos, inusitados ou inacreditáveis, o leitor aprende como foi a campanha para a eleição do presidente Fernando Collor.
“Mosqueteiro Tropical” do Carlinhos Salem é um livro muito gostoso.