Monumentos, lá e aqui
Quem anda pelo centro histórico de Filadélfia vê uma área bem cuidada, delicadamente preservada, mostrando como era a vida nos Estados Unidos logo após a independência. Mais do que isso, vê o respeito dedicado aos maiores da nação, aos que vieram antes e fizeram a sua parte para construir um país melhor.
Quem vai a Paris e visita o túmulo de Napoleão fica maravilhado com o respeito da nação francesa pelo grande imperador.
Em Londres, a Abadia de Westminster é a história preservada nas pedras da grande igreja, como um monumento ao que o império britânico construiu de melhor.
O que todos esses monumentos têm em comum é o cuidado, o respeito, o carinho e a manutenção dada pelos respectivos cidadãos.
No Brasil, não me perguntem o porquê, é o contrário. A maior parte dos nossos monumentos e sítios históricos não merece qualquer atenção das autoridades e acaba sendo desrespeitada pela população.
Não é preciso ir longe. O monumento do Ipiranga, onde está enterrado nosso primeiro imperador e responsável pela unidade do Brasil, está completamente abandonado.
Para não falar no Museu Paulista, da USP, erguido próximo para perpetuar a história e valorizar o local onde o país se transformou em nação. A situação do Museu dá vergonha, mas está longe de ser a mais trágica entre os vários monumentos e sítios históricos brasileiros.
A quantidade de prédios e obras de arte pichadas indistintamente, a forma como as portas e marquises foram transformadas em dormitórios e banheiros, dá pena, para dizer o mínimo. Assim como os roubos de peças para derreter o metal. O triste é que o descaso deliberado destrói nossa memória e povo sem história não constrói uma nação…
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