Mariannita Luzzati
Entre as novas tendências do brasileiro está o encontro com arte. Prova disso são as filas nos museus que apresentam exposições diferenciadas, com temas e artistas nacionais e internacionais.
Algumas impressionam pela quantidade de gente que acessa os locais das exposições. Milhares de pessoas pacientemente aguardando a vez para ver as obras expostas, principalmente nos museus mais conhecidos, o que não quer dizer necessariamente os mais tradicionais.
É triste lembrar que o Museu do Ipiranga está fechado. Mas vale comemorar a mudança física do Museu de Arte Contemporânea da Cidade Universitária para o antigo prédio do DETRAN, no Ibirapuera. Como vale bater palmas para o trabalho maravilhoso do Banco do Brasil e do Instituto Tomie Otake, entre outros.
O contraponto são as exposições em galerias menores. Ainda não alcançam o povo, se restringindo invariavelmente a pessoas que conhecem o tema ou o autor.
É por isso que de vez em quando entro no assunto e jogo na crônica uma exposição que me parece interessante ser mais visitada, ter uma divulgação mais ampla.
O tema de hoje é a exposição de Mariannita Luzzati, na Galeria Marcelo Guarnieri, na Alameda Lorena, 1966, nos Jardins.
Nesta exposição, Mariannita Luzzati mostra quadros de grandes dimensões. Paisagens do Rio de Janeiro, pintadas em tons de sonho, ou de amanhecer e entardecer, com uma característica que faz a exposição ser muito especial. Ela tirou da paisagem a interferência humana. Nos quadros de Mariannita não há prédios, torres ou automóveis. A natureza surge limpa, no máximo com uma figura humana completando o cenário. Os quadros merecem ser vistos.
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