José Oliveira Messina
No Brasil de hoje, a morte de um homem bom é duas vezes mais triste. Primeiro, pela morte em si, e, em segundo lugar, pela falta que os homens bons fazem a uma nação com a moral esgarçada.
São Paulo acaba de perder um homem bom. José Oliveira Messina, diretor do Colégio Dante Alighieri, morreu no dia 3 de dezembro.
Perdem a família, os amigos, o colégio, os alunos, os pais dos alunos, a educação de forma geral.
José Oliveira Messina foi o diretor do centenário da fundação do Colégio Dante Alighieri. E ele soube capitalizar a data, levando as comemorações a um patamar elevado, inteligente, capaz de mostrar cem anos de história da instituição, mas, mais do que isso, projetar o que essa organização exemplar pode fazer pelo futuro da juventude brasileira.
Como ex-aluno do Dante, eu tive o privilégio de viver dois momentos muito especiais patrocinados por José Oliveira Messina. O primeiro, foi receber a Ordem do Sino, uma homenagem do colégio aos ex-alunos que se destacaram. Confesso que fiquei honrado, se bem que até agora tenha dúvidas a respeito do meu destaque.
E o segundo, mais emocionante ainda, a convite dele eu dei a Aula Magna no início do ano letivo 101 do Colégio Dante Alighieri.
Eu conheci melhor esse homem extraordinário depois que assumi a Presidência da Academia Paulista de Letras. As parcerias entre as duas instituições nos aproximaram e solidificaram uma amizade baseada, do meu lado, no respeito e na admiração que eu tinha por ele. Pelo homem, pelo educador e pelo dirigente de um dos principais colégios paulistanos.
Um homem bom morreu. O Colégio continuará sua trajetória de sucesso. Messina continuará vivo na memória dos amigos. A vida segue em frente. Pena que com sua morte o Brasil fique mais pobre.
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