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Crônicas & Artigos

em 17/07/18

Incompetência, descaso ou má-fé

A escolha é sua. Sou suspeito para determinar a causa, mas, seja ela qual for, não engrandece a nossa famigerada, dramática e patética CET.

Faz anos que escrevo sobre a rotatória da Praça Luiz Carlos Mesquita, na Avenida Marquês de São Vicente, esquina com o Viaduto Antártica. Quem vai pelo viaduto em direção da Marginal fica um tempão parado porque a CET não dá conta do semáforo de pedestres instalado na Avenida Marquês de São Vicente, logo depois da praça.

Dizem os que o conheceram que Luiz Carlos Mesquita deve dar gargalhadas cada vez que presta atenção no nó armado em volta da sua praça. Ele tinha o dom de se compadecer dos estragos feitos pelas barbaridades humanas, ao mesmo tempo que tinha um senso de humor quase britânico, na ironia com que achava graça na estupidez, na tolice e na incompetência dos homens.

Como o tema não é novo, e a CET tem escuta das rádios de São Paulo, não há como fugir de uma das três situações que explicariam, mas não justificariam o congestionamento absurdo, diariamente enfrentado pelos desinfelizes que necessitam seguir naquela direção.

A primeira hipótese, a mais óbvia, mas não necessariamente verdadeira, é a proverbial, antiga e perene incompetência da CET. Ela simplesmente não consegue dar jeito no nó porque não sabe o que fazer para tentar arrumar o angu que ela mesmo criou.

A segunda hipótese é mais terrível e tem fortes chances de ser a verdadeira. A CET quer que o motorista se lixe. Ficar ou não ficar parado no trânsito não dói no bolso dela. Então, dane-se quem fica.

E a terceira, a má-fé, ou a intenção deliberada de criar caos na rua, esta deveria ser severamente punida com a dispensa do responsável.

Como coloquei no começo, a escolha é sua.

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