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Crônicas & Artigos

em 22/05/14

Fuleco. Isso é nome?

por Antonio Penteado Mendonça

Não tenho dúvida, nós somos muito ruins. Mas também não tenho dúvida, a FIFA é muito pior. Como eu sei? É fácil. Alguém batizar um mascote de Fuleco é ir além dos limites da última fronteira no final do espaço.

É não ter noção do mínimo. Walt Disney, na Segunda Guerra Mundial, criou o simpático Zé Carioca. Outros personagens fazem parte do imaginário popular brasileiro. Vadinho, de Dona Flor e seus dois maridos. Emília, Pedrinho e os demais moradores do Sítio do Pica-pau Amarelo. Odete Roitman. Odorico Paraguaçu. Mônica e Cebolinha. E tantos outros, todos com nomes simpáticos, conectados com o brasileiro.

Fuleco não tem nada a ver com ninguém. Não, não é verdade. Tem com quem arrumou esse nome e com os fabricantes de bonecos que pretendem ganhar dinheiro vendendo o mascote.

Fisicamente, até que ele é simpático. Mas poderia ter outro nome. Fuleco é tão ruim como, se ele fosse uma pessoa, se chamasse Nhoque. Ou Sugiro. Ou monte Everest.
Por melhor que seja, por mais bonito que seja, o nome não ajuda.

Se alguém te chamasse de Fuleco como você reagiria? Pois é, é esse o nosso mascote. Coisa de europeu que se acha mais civilizado do que os outros e por isso imagina que está sendo legal criando um boneco com um nome desses.

Tanto faz se o Brasil vai ou não vai ganhar a Copa do Mundo, o problema que me aflige é ter um mascote chamado Fuleco.

Com tanto nome bonito para ser escolhido, o coitado do nosso tatu foi batizado de Fuleco. O apavorante é que tem gente que ainda diz que Deus é brasileiro…

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