Falta de energia
Choveu como manda o figurino. Chuva de gente grande. Melhor, tempestade de gente grande, mas apenas a primeira de um verão que, pelo trailer, será pesado.
O dado dramático é este. O verão será pesado. A festa nem começou e já temos bairros que não inundavam há 20 anos inundando e a falta de luz, que sistematicamente atinge São Paulo, até com tempo seco, chegou com cara de que vai piorar o que é muito ruim.
Dane-se você, que paga impostos para uma prefeitura que não gosta da cidade. Dane-se você, que paga uma conta de luz indecente por um serviço pífio, que funciona quando quer, debaixo de chuva e debaixo de sol.
Você terá como resposta para o descaso e a pouca vergonha desculpas e mais desculpas, de todos os calibres, colocando a culpa no Regente Feijó, no Duque de Caixas e até no Cacique Cobra Coral.
Darão explicações científicas para mostrar que você é um cretino que não entende nada e acredita no lero-lero. Que o que você passou não é verdade, que está tudo certo, que os serviços oferecidos são os melhores do mundo, que se aqui tivesse furacão, como no Caribe, ou terremoto de dimensão italiana, nossos serviços públicos continuariam funcionando, protegidos por programas desenvolvidos com o rei dos pernilongos.
Pode mais quem chora menos. Fala-se que importantes personagens envolvidas com os problemas de energia e enchentes no Brasil estão só esperando a próxima tempestade para fazerem o lançamento das ações de suas fábricas de velas e de barcos de isopor na Bolsa de Valores.
Para quem está surpreso com o desempenho extraordinário das ações da Petrobrás, estes dois IPO’s prometem o céu como limite. Afinal, se existe uma certeza no Brasil é que São Paulo vai inundar e ficar sem luz por vários dias ao longo do verão.
Voltar à listagem